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Cap. 304

A tarde já passa da metade quando Augustus, Sarah, padre Westwood e doutor William chegam a Rotten Root.

William propôs que fizessem uma pequena parada no caminho para visitar o sítio dos Smiths e verificar como estava os parentes de Sarah, mas a moça preferiu passar direto.

Ela não tem parentes no sítio. Seus parentes se resumiam a sua irmã, que está morta e ao esposo dela, seu cunhado, que ela espera encontrar vivo, por isso, tudo o que a jovem queria era voltar logo e se certificar de que seu cunhado está sendo bem cuidado.

O grupo chega na igreja e já um bando de pessoas esperando por eles.

Westwood é abalroado pelo pequeno Luan, o menino lobo.

— Graças a Deus o senhor voltou, padre. – comemora Luan com genuína felicidade. — Rezei pelo senhor todos os dias desde que se foi.

Westwood tenta não deixar transparecer a satisfação que sente pela recepção, mas acaba deixando escapar:

— E Deus ouviu suas orações, obrigado.

Os demais também apeiam e logo surgem as perguntas:

— Pegaram ele?

— Onde está o delegado índio?

— O índio morreu?

— Qual deles é o delegado?

Augustus pede silêncio e começa e dar explicações enquanto o padre, o doutor e Sarah aproveitam a distração para entrarem na igreja.

Augustus: — Senhoras e senhores (o hábito quase o faz emendar um “respeitável público”), informo a vocês que o criminoso Tex, responsável por uma série de crimes em nossa cidade, está morto.

A multidão comemora, mesmo sendo possível ouvir um “quem é esse Tex?”. O delegado continua:

— Meu parceiro de busca, delegado Cobra Traiçoeira, se feriu gravemente durante a perseguição, mas se encontra vivo e sendo tratado por sua tribo, junto de sua família.

— Em breve, voltarei lá para verificar como está sua saúde. Por enquanto são essas as notícias. Aproveito para agradecer a todos pela cooperação que estão oferecendo nesse momento difícil. Obrigado e boa tarde a todos.

Augustus segue rumo à igreja enquanto ouve os comentários:

— Quem é esse sujeito?

— Ele é o novo prefeito?

— Acho que é o novo xerife.

— Tomara!

— Por que tinha um delegado índio e não um mexicano?
 

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